Por Maria Inês Felippe
Você
sabe que até recentemente o homem se contentou em ser avaliado apenas como um
ser racional. Nesse cenário, todo sucesso ou insucesso era creditado ao QI,
(Quociente Intelectual) do indivíduo. Mas, desde a publicação do livro Inteligência
Emocional, do psicólogo e jornalista norte-americano Daniel Goleman, o QE
(Quociente Emocional), o tema ganhou espaço e passou a ser considerado também
na avaliação do desempenho.
Você
já ouviu falar que o desempenho de uma pessoa tem correlação com a interação
dos dois quocientes como se o homem tivesse dois cérebros, duas mentes, ou
seja, duas inteligências diferentes, a racional e a emocional, pois bem são os
dois hemisférios cerebrais.
O
lado esquerdo, onde predomina a razão, executa um pensamento com tendências à
lógica, à matemática, à organização, ao planejamento. O hemisfério direito é
criativo, romântico, sonhador, visionário. Hoje se sabe que o lado intelectual
não pode dar o melhor de si, sem a participação da inteligência emocional, pois
é justamente ela a responsável por habilidades que permitem lidar com conflitos
internos mantendo-se calmo diante de crises. É exatamente isso que faz com que
a inteligência emocional venha conquistando cada vez mais adeptos em todo o
mundo. Podemos afirmar que ganha mais pontos e mais possibilidade de
contratação ou de se manter empregável, aquele que tiver mais “autos”, ou seja,
autocontrole, auto-estima, autoconhecimento, automotivação etc.
Do
ponto de vista da inteligência emocional o que causa insucesso profissional
pode ser: o medo, motivado pela sua atuação histórica, o que leva o
profissional a agir sempre da mesma forma, com as mesmas soluções; a teimosia,
que dificulta a assimilação de mudanças; a arrogância, que impede o
profissional de ouvir os clientes, os fornecedores e a própria equipe; falta de
empatia (identificação) emocional com as pessoas, o que torna o profissional
incapaz de motivar os outros, por desconhecer ou não entender suas
necessidades.
Mas
a grande vantagem é que a inteligência emocional, tanto quanto a racional, pode
ser desenvolvida. O importante é cultivar habilidades como a confiança,
audácia, otimismo, objetividade. O caminho é aprender a administrar as emoções,
buscar o autoconhecimento, aprimorar a capacidade de ouvir, o desprendimento e
a humildade.
Reflita
sobre situações em que você foi bem-sucedido e as que não deram certo. Avalie
seus talentos e habilidades e dê atenção aos que precisam ser desenvolvidos.
Você vai descobrir que esse trabalho não o afasta das suas emoções, tornando-o
uma pessoa fria, mas, ao contrário, ensina a arte de saber administrá-las e
utiliza-las a seu favor assim como se tornar uma pessoa mais criativa.
Boa
sorte!
Maria Inês Felippe: Palestrante,
Psicóloga, Especialista em Adm. de Recursos Humanos e Mestre em Desenvolvimento
do Potencial Criativo pela Universidade de Educação de Santiago de Compostela -
Espanha. Palestrante e consultora em Recursos Humanos,
Desenvolvimento Gerencial e de equipes, Avaliação de Potencial e competências.
Treinamentos de Criatividade e Inovação nos Negócios. Palestrante em Congressos Nacionais
e Internacionais de Criatividade e Inovação e Comportamento Humano nas
empresas. Vice Presidente de Criatividade e Inovação da APARH. Site: www.mariainesfelippe.com.br