por Daiani Furtado
As
organizações estão passando por um processo de reestruturação, no que
tange a cultura, as visões de mercado, conflitos internos, perspectivas a
médio prazo. Essas mudanças constantes advêm da globalização, avanços
na tecnologia, downsizing, assim como outros aspectos de transformações.
A qualificação profissional está cada vez mais voltada para a
flexibilidade do profissional. As organizações não querem mais
especialistas, elas necessitam de profissionais generalistas, ou seja,
que saibam de tudo um pouco, os quais vêm agregar valores à empresa e
com isso buscam encontrar pessoas na meia-idade que se enquadrem neste
novo perfil. Essa preferência acorre pela bagagem de experiências desses
profissionais. O nicho de mercado que oferecem e a estabilidade
familiar, são alguns itens que influenciam indiretamente no processo
para manter a empregabilidade.
Uma
das definições que melhor explica o termo empregabilidade, é a
apresentada por Chiavenato (1997, p. 85), que diz: “empregabilidade
significa o conjunto de competências e habilidades necessárias para uma
pessoa manter sua colocação dentro ou fora de sua empresa”. Ou seja, a
capacidade de conquistar e de manter um emprego de maneira sempre firme e
valiosa.
Buscou-se
através de uma coleta de dados no segundo semestre de 2007, na cidade
de Maringá-PR, analisar se os profissionais com idade superior a 40 anos
estão tendo dificuldades de manter seus atuais empregos em médias
empresas de turismo e hotelaria. As principais
dificuldades encontradas referem-se ao medo de serem demitidos e
substituídos por profissionais mais jovens. Alguns profissionais estão
buscando o diferencial através de curso superior, profissionalizante,
línguas estrangeiras e maior domínio das tecnologias. Por outro lado,
estes profissionais têm receio de sair da empresa atual, em busca de
oportunidades melhores, e em contrapartida alegam a idade como fator
chave para não tomar essa decisão.
Uma crítica importante refere-se
à visão dos empresários, os quais cometam que os colaborados que estão
na meia-idade, são carentes de formação básica e vontade de participação
em treinamentos, em decorrência da falta de comunicação interpessoal.
Acrescentando, ainda, as falhas na educação básica que, por
conseqüência, afetam a linguagem e o raciocínio dos profissionais.
Diante do exposto, pode-se dizer que, embora a empregabilidade seja um
termo corrente no contexto profissional, sua aplicação ainda é
incipiente.
As
empresas participantes da pesquisa deveriam investir mais em seus
profissionais de meia idade, ofertando cursos profissionalizantes com
mais freqüências e incentivá-los a procurar outras instituições que
ofereça estes cursos como Senai, Senac, Sebrae dentre outras, podendo
ser criada uma parceria entre as empresas e estas instituições. A ACIM
(Associação Comercial e Empresarial de Maringá), como disponibiliza o
espaço para emprego, poderia disponibilizar espaço também para ingressar
os profissionais na meia idade que não estão trabalhando,
possibilitando aumentar o índice de empregabilidade depois dos 40 anos
em Maringá.
DAIANI FURTADO
Graduada
em Administração, pelo Centro Universitário de Maringá - CESUMAR.
Atuando desde Dezembro de 2007 como gerente financeiro. Escreve artigos
focados em várias áreas da Administração.