SYLVIO ZILBER
CONSULTOR DO MVC
"Nenhum problema
pode ser resolvido
pelo mesmo padrão de
raciocínio que o criou"
Einstein
Somos todos criativos?
Como desenvolver a criatividade no trabalho?
Qual é o melhor método para "estar" criativo?
Imagine
que você usa em casa um Computador 386, no qual você vem fazendo
upgrades freqüentemente. Ele lhe foi muito útil, até hoje, resolvendo
tudo que você precisou para atender sua demanda. Ele é ótimo (afinal,
foi com um 386 que os americanos foram à lua). Sua impressora é
matricial, monocromática e nunca lhe deu problema. Quando surgia uma
solicitação mais elaborada, você aumentava a capacidade de memória no
hardware desse 386 e acrescia mais alguns novos programas. Até aqui,
tudo bem. Comparado à máquina de escrever que você usava antes, era uma
maravilha.
Então,
você recebe uma solicitação de produzir, com urgência, um trabalho
bastante elaborado, com muitos gráficos e imagens, a cores. Você percebe
que seu computador não dá conta desta tarefa. Você vai a uma loja e
compra 2 softwares de última geração, produzidos em 2003, com programas
super atualizados, que são os necessários para resolver seu novo
problema. Instala os mesmos no seu velho 386 e os põe a rodar.
O que você acha que acontece?
É
mais ou menos isto que está acontecendo com nosso modo de pensar, hoje
em dia. Temos um "programa de hardware" velho (muito velho), que
continua resolvendo a grande maioria de nossos desafios, há muito tempo.
Só que este nosso "programa mental velho" não resolve alguns dos
desafios novos mais prementes com que nos defrontamos hoje. Entre eles,
os da aceleração das mudanças, da inovação constante e os da
criatividade, desafios estes que estão por toda parte, em todas as
Empresas. Porque não resolve?
Como
diz E. de Bono, porque usamos o mesmo programa mental há, pelo menos,
2.400 anos, desde a Grécia Antiga. É o modo de pensar da chamada LÓGICA
científica, binária e linear. Ela estabelece que só há UMA resposta para
cada pergunta. Foi assim que nos ensinaram nas Escolas: Que todas
regras têm exceções, mas que as exceções confirmam as regras. Donde, o
que vale é a regra. Que o que foi cientificamente provado é sempre
inquestionável. Que o que está escrito nos livros escolares está certo.
Tudo tem somente UMA resposta certa. Tudo tem começo, meio e fim. Ou
sabemos a resposta certa ou não sabemos. Outras respostas ou outras
alternativas diferentes estão erradas e, portanto, devem ser reprovadas.
Foi assim que nos ensinaram a pensar. Este é o "PROGRAMA" determinista
que está instalado no nosso cérebro e é esta maneira de pensar que nós
temos levado para a vida profissional. E nela, hoje, nos defrontamos com
desafios que a Escola não nos ensinou a resolver. Pedem que nós sejamos
mais pró-ativos frente às mudanças, mais criativos, mais inovadores.
COMO?
Vamos mudar o programa?
Será que é tarde demais
para mudar o nosso
modo de pensar?
E. de Bono
Quem
continuar pensando do mesmo modo a que está acostumado a pensar,
chegará, certamente, aos mesmos resultados a que está acostumado a
chegar.
Como pensar de outra maneira? Qual técnica se deve escolher para estar criativo?
As
técnicas do pensamento criativo são inúmeras. Elas se confrontam, se
somam, se sobrepõem, se contradizem, se reforçam, se copiam e se
repetem. Elas também são sinérgicas. Algumas funcionam mais para uns que
para outros. Algumas impactam mais que outras. São mais conhecidos os
conceitos do Raciocínio Divergente, de Osborne e Parnes, o do Pensamento
Lateral, que é utilizado por E. de Bono, o das Múltiplas Inteligências
de H. Gardner e seus seguidores, o das Aberturas Mentais, de. Predebom;
são mais utilizadas as técnicas do Brainstorming e suas variáveis, dos 6
chapéus, de E. de Bono, etc. Mais as teorias da Inteligência Emocional,
de D. Goleman, e também as teorias artísticas, principalmente as de
teatro e de artes plásticas. Todas elas, como programas de última
geração, "softwares", são aplicadas para que se desenvolva a nossa
criatividade. Acredito que todas funcionem, até porque utilizo várias
delas misturadas.
Alteridade e pensar em rede
Acredito
ainda que, para estas técnicas funcionarem melhor, o foco preliminar,
antes de aplicá-las, deva ser: Quem as recebe? Quem é "o outro"? Em qual
programa de raciocínio, de "hardware", elas serão aplicadas?
Certamente, são indivíduos ímpares, diferentes, com muitas variáveis de
atitude, educação, nível profissional, relações, ambiente,
responsabilidades, etc. Mas, quase certamente existe uma constante em
todos eles, mais profunda em uns que em outros. É aquela que foi
implantada na esmagadora maioria dos nossos cérebros, o "programa" da
chamada LÓGICA científica, binária e linear, descrita antes. Se,
preliminarmente, este "programa" não for levado em conta e enfrentado,
as dificuldades para desenvolver a criatividade serão bem maiores. Estes
indivíduos assim "formatados", colocados diante dos desafios das
técnicas de criatividade, provavelmente reagirão como o pequeno robô da
série de TV "Perdidos no Espaço". Responderão; "NÃO TEM REGISTRO".
Então,
para DESENVOLVER a criatividade é necessário, antes, DES– ENVOLVER
aquilo que a ENVOLVE, que é o programa daquela LÓGICA velha. Então seria
aconselhável que os indivíduos:
1
– Pensassem NÃO linearmente, mas em rede (Net think©), buscando
conexões e sinapses novas e originais para dar respostas alternativas
para seus desafios, coisa que o programa inicial não privilegiou. O
raciocínio em rede, que incorpora várias das técnicas anteriormente
citadas, possibilita incluir mais de uma resposta para um desafio. Ele
permite desenvolver alternativas originais e não lineares, de 2
maneiras:
A - sugerindo caminhos novos para otimizar resultados conhecidos;
e
B - gerando resultados novos quando os conhecidos se tornam obsoletos.
2
- Continuassem pensando LINEARMENTE, pois este é o raciocínio
prevalente e válido, para a maioria dos problemas. Menos para a
CRIATIVIDADE e a INOVAÇÃO.
Para terminar, como você acha que está a sua "cabeça"?
Vou dar um exemplo prático daquilo disto que estou dizendo? Então:
Faça uma figura como esta usando 6 palitos de fósforo
Responda ao seguinte desafio >>> 6 – 3 = 6
(o resultado de seis menos três é igual a seis)
Se você encontrar;
mais de 2 alternativas, anote 3 pontos;
mais de 4 alternativas, anote 7 pontos;
mais de 6 alternativas, anote 10 pontos;
Se for só 1 alternativa, não anote nenhum ponto;
Se não encontrar alternativa, anote menos 10 pontos
Avalie
você mesmo(a) sua capacidade de gerar alternativas (de menos 10 a mais
10), lembrando que: Quanto mais alternativas você tiver, maior é a
probabilidade de você encontrar uma ótima alternativa.
Bom exercício!
Material retirado do programa Inovação: O Grande Diferencial Competitivo.
Sylvio Zilber é consultor do Instituto MVC. Visite o site: http://www.imvc.com.br/
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