Somos o que repetidamente fazemos





por Luiz Carlos F. Navarro


“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”. ARISTÓTELES

Hoje em minha caminhada matinal observei um fato comum em nossos dias conturbados de

trânsito, um motorista distraído ultrapassando outro motorista de maneira abrupta e

sem aviso prévio através da lanterna pisca-pisca. O resultado você já imaginou, o

motorista que se sentiu prejudicado e violentado, mais do que depressa e de maneira

abrupta e sem aviso prévio, através da lanterna pisca-pisca, ultrapassou aquele que o

havia fechado, e quando fazia a ultrapassagem olhou para o lado esquerdo com um

semblante de ódio mortal... Sem perceber que segundos atrás fazia o mesmo, quando

furioso, ultrapassava quase causando um acidente com os veículos que trafegavam à sua

direita.



Comentando com um amigo, que é viajante, ele disse: “- Não agüento mais as estradas e

os trânsitos das cidades, vou mudar de profissão.”


Conversando com um cliente, que possui uma industria de processamento de sub-produtos

de couro, ele reclamava da falta de comprometimento dos funcionários da produção: “-


Todo dia falta um funcionário, hoje para piorar faltaram dois, estou precisando

reformar a minha linha de processo para automatizar ao máximo, e depender menos de

mão-de-obra.”



Quantas pessoas conhecemos e até nós mesmos, mudamos constantemente de cidade, de

casa ou estamos sempre reformando algo. É como se estivéssemos procurando nos livrar

de algo que nos incomoda, que nos perturba, e em muitos casos adoecemos por causa

dessa coisa, que muitas vezes nem sabemos o que é. O nosso erro é acreditarmos que

esta “coisa desconhecida” está do nosso lado de fora e não do nosso lado de dentro.



Quando mudamos de cidade, de casa, de emprego ou de amigos, estamos apenas alterando

locais e pessoas, mas a “coisa desconhecida”, continua lá dentro. Quando reformamos,

nossa casa apenas as paredes, o telhado ou o jardim ficam novos, mas o alicerce e a

estrutura da casa continuam os mesmos. É o que acontece conosco, podemos mudar tudo

ao nosso redor, mas o nosso interior, as nossas crenças, os nossos paradigmas, os

nossos limites, os nossos medos, os nossos conceitos, os quais formam a nossa visão

de mundo, são eles que ditarão os nossos bons e maus pensamentos, as nossas boas ou

más conversas, os nossos bons ou maus atos, enfim eles moldarão os nossos hábitos e

de toda a humanidade.



Temos alguns exemplos na história, de personalidades que transformaram o rumo da

humanidade através da própria Trans-forma-ação interior:


- Sidarta Gauthama, mudou-se da cidade dos reis para o campo. Reformou-se no convívio

dos eremitas. Mas só Transformou-se em Buda, com a iluminação interior.


- Jesus mudou-se de Nazaré na Galiléia, para Jerusalém na Judéia. Reformou-se em 40

dias e 40 noites no deserto. Porém, a Transformação para Cristo, ocorreu no Gólgota.


- Gandhi mudou-se de Londres para a África do Sul. Reformou-se interiormente através

dos jejuns. Mas só transformou-se em Mahatma, após a prática da antiviolência.



Diz o ditado, “Plante uma idéia, colha um feito; plante um feito, colha um hábito;

plante um hábito, colha um caráter; plante um caráter, colha um destino”.


Luiz Carlos F. Navarro é empresário, palestrante, consultor corporativo e eticista.
Visite o site: www.oficinapersona.com.br


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