por
L. A. COSTACURTA JUNQUEIRA
Vice Presidente do Instituto MVC
O erro é um instrumento de aprendizagem! Todos nós devemos receber “Delegação” para errar! Você pode errar, mas não pode repetir o mesmo erro! Na minha ausência erre por ação, mas não por omissão!
O erro é um instrumento de aprendizagem! Todos nós devemos receber “Delegação” para errar! Você pode errar, mas não pode repetir o mesmo erro! Na minha ausência erre por ação, mas não por omissão!
As colocações anteriores parecem familiares? Pois são mesmo. Todas refletem uma postura “Educativa” diante do ato de errar.
Apesar
de tudo, existem várias situações ou tipos de erro que as pessoas
cometem, repetidas vezes, como se gostassem de errar. Na maioria das
vezes, essa repetição não é consciente para o “autor”, mas fica evidente
para aqueles que o cercam, criando uma imagem de alguém muito desligado
ou pior, incompetente.
Esse
“Amor” pelo erro parece ter algumas causas, dentre as quais: o medo de
se arriscar; o dilema entre fazer o que se gosta ou fazer o que é certo;
pouca flexibilidade e resistência à mudança; um estilo gerencial do
superior que ignora o sucesso e com essa postura acaba recompensando o
fracasso. Em raras situações, a causa pode assumir ares de sabotagem de
alguma idéia nova do superior ou de outras pessoas da organização.
Sem querer ser prescritivo, vamos enumerar, a seguir, alguns dos erros que mais comumente são repetidos:
a) Resolver problemas buscando eliminar seus efeitos e não procurando acabar com as respectivas causas;
b) No
exercício de uma posição gerencial, derivar motivação/felicidade pelo
fazer ˝sozinho˝ e não de conseguir motivar a equipe para uma ação
sinérgica;
c) Pedir a outro o que, para si mesmo, não seria possível e razoável fazer (prazos, custos, competências);
d) Não
agredir verbalmente quem lhe disse uma mentira; use o silêncio para
desconsertá-lo ou fazê-lo cair na real. Agressão gera sempre agressão;
e) Não alardear a mentira: deixe-a ficar entre quatro paredes, torne-a reversível para o outro, facilitando o voltar atrás;
f) Um
bom argumento ou uma excelente idéia não devem ser defendidos apenas em
termos de resultados qualitativos. Sem os números a “Coisa” fica no
aspecto de uma mera opinião;
g) No
relacionamento com um cliente não fique apenas no que você deseja
vender ou naquilo que ele quer comprar. Se todos agem assim, porque não
procurar identificar o algo que o cliente realmente precisa, mas não tem
a consciência, percepção da necessidade.
h) Todos
sabem vender, argumentar bem, utilizar ações que no passado
funcionaram, sem se preocupar com que isso representa a mesma lengalenga
de sempre. Cada vez mais, todos nós, somos voltados para quem nos ajuda
a conseguir melhorar os resultados do que fazemos. Dentro dessa
abordagem que tal assumir uma postura de solucionador dos problemas de
cada cliente? De alguém que faz mais do que é pedido?
i) Não
guarde para si todo conhecimento, informação e novidade. Não é daí que
nasce o poder. Na circulação do conhecimento, e conseqüente sinergia, é
que se constrói uma relação mais duradoura e eficaz;
j) Não
repita mil vezes o mesmo discurso, aquelas intenções maravilhosas,
acreditando que isso vai levá-lo a algum lugar. O discurso nada vale se
não for acompanhado pelas respectivas ações;
k) Colocar sempre a culpa nos outros pode ser uma postura mais fácil, mas extremamente desagregadora;
l) Incentivar o trabalho em equipe, mas premiar o individualismo é um comportamento que, a curto prazo, acaba com a sinergia;
m) A felicidade está naquilo que não se tem; você conhece melhor forma de ser infeliz?
n) Ser coerente em suas crenças, posturas, comportamentos, quer seja no trabalho ou em casa. Não dá para ter “Duas Caras” impunemente e a longo prazo.
Então,
vamos repetir a pergunta: “Você gosta de errar”? Relendo o texto, você
deve se ter visto no espelho algumas vezes. Não concorda? Então faça um
teste, pergunte à sua mulher, ao seu maior amigo, se Você é um
reincidente específico em relação aos erros que comete. Você vai ficar
surpreso com a resposta.
Por mais que queiramos acreditar, a repetição de um erro não é condição suficiente para transformá-lo em acerto.
L. A. COSTACURTA JUNQUEIRA
Vice Presidente do Instituto MVC, Administrador pela FGV, Autor dos livros Negociação: Tecnologia e Comportamento, Sr. Presidente: A Culpa é Sua: Desenvolvendo Talentos Humanos, Administração do Tempo: Um programa de Autodesenvolvimento, Tempo do Executivo: Problemas e Soluções. Co-autor, com Eunice Mendes, dos livros Falar em Público: Prazer ou Ameaça? e Comunicação Sem Medo. Co-autor com Marco Aurélio Vianna em Gerente.